sábado, 19 de março de 2011

Perdida me encontro ou me encontro perdida?

Me 'individualizando' me perco. Estranho isso não? O individualizar aqui é baseado em Jung, onde se entende como um processo de auto conhecimento, de entendermos nossa singularidade mais íntima, última e incomparável, chegando mais próximo ao nosso potencial. É um tornar-se a si mesmo. Me perco pois quando me encontro, tudo aquilo no qual acreditava, todas aquelas saídas forjadas na qual me protegia, caem. Assim, desmorono. Até com um exemplo básico de um lugar que estou, onde todo mundo, inclusive a minha pessoa está gostando, se paro e penso,  como "eu mesma", sinto uma angústia, uma inquietação de não pertencer àquele lugar. Alguns papos que me fazem rir, estou por dentro chorando. É difícil entender isso, e poderia ficar tempos para entender. Tento me apegar ao que tenho e que se faz mais sentido. Quando penso assim, muitas possibilidades ficam em um canto, confesso, mas por outro lado, vejo algumas outras possibilidades que se dão neste que fico. E até mesmo em meio a tal "provável falso sentido que se dá" em alguns momentos, onde se quer há sentido, "disfarçando" ou pra alguns vivendo, sentido se dá. E mesmo que sentido para mim não se faça, algum sentido irei estar colocando, por que sou assim, as vezes me adequo por um tentar. Esse tentar me angustia, e ai então um tentar para individualização. E assim me pego e peco por recomeçar este ciclo de inquietação. Prazer, sou um poço de sentimentos, sou um poço de dúvidas, de vida, de cor. Sou preto e branco e cinza horas, mas ainda sim cor. Sou uma constante inquietação, faço barulho até mesmo em silêncio. Meus olhos e mãos falam por mim, sem contar meu corpo todo. Tenho sede do novo. O morno não me interessa. O parado me irrita. Sou ativa até mesmo estática. E quando digo isto, digo em alma, em pensamentos. Estes não sossegam, estes vivem. Sou eu, toda assim alma, sentimento e ainda humana. *(NH)

Trilha sonora:  Go Let It Out- Oasis

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