domingo, 26 de dezembro de 2010

Eu não!

Não adianta. O grito ainda está preso pela minhas entranhas. Meu suspiro é suspeito. 
Pelos cantos eu fico. Beatles é o que ouço. 'Poor girl' alguns dizem. 'Whatever' com meus ombros respondo e me entrego. Me entrego á esse sentimento que desconfio não pertencer somente a mim e sim á metade de sonhadoras que cresceram em torno de fantasias do sr. Walt Disney. Afinal, que garota não gostaria de encontrar um Captain John Smith? (Pocahontas). E de encontro ao abismo mais delicioso que existe, alguns se perdem, outros paralisados ficam. Mas é tão bom. É um coração na boca, uma pele suada, uma mão tremula. É um jogo, um fascínio, uma leve obsessão. É um mal necessário. É a cura pra muitas doenças e poderá então nunca ser considerado morte. É renascimento, rejuvenescimento. É VIDA. Transtorna, transforma, aliena-se, inquieta-se, amedronta. Faz-se o que quer, se é quem consegue interpretar. E quem vive sem? Me diz, me aponte. Eu não. Ai que minhas dores fossem de amor. Me mataria mais esse não querer antes de um câncer. Ai então se esse amor não me amasse. Ai que dor, ai que medo. E agora? Como hei de morrer de amor se o medo desse tal me consome? Mas então prefiro que fujas. E assim não te enfrento. Assim me contento com um descontentamento, um amargo, aquele tal. Se lembra? (NH)*


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