segunda-feira, 4 de abril de 2011

De tanto ser eu...

Eu que tenho tanto por dizer, tanto pra mostrar. Eu dor, músculo, pele, sede, entre outras mil posso ser. Eu que estou eu por eu. Eu que estou numa sintonia comigo, mas o comigo agora. Já não bastasse alguns incômodos de alma, eis que surge de pele. É um incomodo no estômago. São borboletas que pousam daqui, e outras antigas partem pra lá. Eu que num pensar mudo d'um tanto,  que esse tanto me passa despercebido. Passa ligeiro, disfarçado.  Eu, espelho, eu de novo. Conversando aqui com meus botões falo de um eu mais íntegro, mais feliz. Um eu esquecido, deixado de lado. Olá meu eu. Tenho já não tanto pra dizer, pois sinto que já disse muito nesse pouco. Pouco este que fala por mim. Olá mEU eu, ora não tão meu assim, mas ainda eu. Diante de tantos outros porque esse eu que hoje vejo? Que tem neste um que assim que dei de encontro me entreguei? Me sinto viva. Me sinto bem. Pasmem, inquieta ainda, mas bem.  Que eu é este que tinha esquecido, e porquê se é tão bom, tão doce, tão cheio de amor? Que eu era outro que me fixei? Eu tola, eu fraca, eu nada eu? Seja qual eu sou eu mesma, eu estou aqui. Eu vivo, eu respiro, eu participo. *(NH)

Trilha sonora: Kanye West - Runaway

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