terça-feira, 4 de setembro de 2012

Moral-mente falando, estou de acordo?


"Talvez nem me queira bem

Porém faz um bem que ninguém 
Me faz"


É com este trecho de Chico que me deixo "á falar". Percebo que acreditamos forte-mente em alguns padrões impostos por ai. Digo  impostos o que nos diz moral-mente respeito. Padrões imutáveis e perigosos. Perigosos porque? Penso que se não me adequo á algo que se impõe á minha volta, culpa de algo surge refém. Dessa culpa, que nem sei porque surge, me tomo de medo, angústias, pensamentos automáticos e tentativas de encaixe. Me frustro mais, porque desejo (assim penso que penso ser isso) algo que não desejo porém. Ai filosofar-me vou. Há quem me pego desejando? O quê e por quem? Talvez minhas morais não somente minhas e talvez nada minha se deixam levar pela falta de não ter/ser igual á padrões desejantes d'outros. Terceiros tanto humanos quanto imagens(ora pois humanos atrás de imagens) me colocam em risco do ser. Penso por vezes precisar de aprovações destes outros. Outros que na angústia do ser/ter, me ajudam á entender que somente preciso de nada destes padrões, como o tentar precisar me adequar me frustra. Ora pois, frustração então, juntamente com angústias da existências até mesmo discussão do que real desejo, é preciso, é de muito agrado, já que neste desafio de me encontrar compreendo minha vulnerabilidade ímpar para decidir sobre algo. Me vejo como um ser vazio, sugando informações muitas vezes nada útil. Não descarto a perda de tempo que me faz pensar nas tais futilidades, porém hoje, me vejo aproveitando destes momentos para refletir sobre o porque destas escolhas. Cá entre nós, futilidade também pode me causar prazer momentâneo não? Tanto para definir algo como fútil, devo de antemão sugerir um auto entender por necessitar. Novelas. Entraria nesta categoria? Ou poderia, neste momento conseguir relaxar com minha família e apenas estar neste nível, relaxamento. Porque temos manias de padronizar tudo se nada temos em comum? Radicalizei agora, não? Esqueçam, ou melhor dizendo, coloquem de lado toda a genética e /ou algo que possa ligar á outro sujeito por obséquio. Agora pense em algo que seja superficial e perda de tempo para você. Agora pense em quem leva isso á sério. Você se acha mais, ou menos do que essa pessoa por não acreditar ou compartilhar do mesmo gosto? Atente para seus julgamentos. O gostar muitas vezes está internalizado devido á Outros. Não retirando parcial "culpa" por decisão de quem á toma. Assim, podemos a partir de Chico, compactuar, ou somente observar, que padrões, como o amor perfeito, filhos estudiosos, pais maravilhosos e heróis, entre outros quaisquer tantos outros, podem fazer ou não parte de mim, porém o que faço com isto, não se deve padronizar. Sou/posso ser quem eu quiser. Posso até mesmo estar dentro dos padrões por ai, mas que eles não me censurem e me angustiem para um todo de sofrimento. Se sofro por tempo, que me recupero então perante o desejo real. (NH*)

Trilha sonora: Chico (querido Chico) Buarque - Ela faz cinema

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